BIB.13 – Itaparica: a dor de um povo gerando energia

Sobre a obra

GÊNERO: Memória

REFERÊNCIA : PORTELLA, Taciana. . Centro de Defesa dos Direitos Humanos do Submédio São Francisco, Petrolândia – PE, 1992.

RESENHA: Apanhado resumido da situação dos trabalhores, suas lutas e as consequencias resultantes da construção da Barragem de Itaparica , quatro anos após o enchimento do lago artificial responsável pela inundação de nove municípois do Submédio São Francisco.

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Itaparica, a grande batalha – parte 1

Há 36 anos, no dia 01.12.1986, após dez anos de inúmeras reuniões, cansados de esperar a tomada de decisão sobre o destino que lhes caberia após o fechamento da barragem, homens e mulheres do campo deixam sua lida diária para forçar a CHESF a cumprir com seu dever, antes que água invadisse tudo e não restasse mais nada a fazer. Na previsão inicial, faltavam apenas 11 meses para a inundação e, até aquela data, nenhum lote de terra havia sido entregue aos trabalhadores.

Organizados em sindicato, à luz do dia, mil trabalhadores das nove cidades atingidas ocuparam o canteiro de obras da barragem de Itaparica. Exigiam serem ouvidos pelo Ministro das Minas e Energia, uma vez que, após inúmeras promessas não cumpridas, os gestores locais haviam perdido a credibilidade.

A princípio, não havia intenção de parar a obra. Mas, após dois dias de ocupação, a alta direção da CHESF sequer se dignou a receber as lideranças. Em seu lugar enviou a polícia.

Foto: Arquivo do Polo Sindical do Submédio São Francisco

Texto: Paula Francinete Rubens de Menezes

Igreja semi submersa de Petrolândia

A presença dela em meio ao lago do reservatório sinaliza um lugar que foi destruído e que às pessoas que ali habitavam foi imposta a necessidade de refazer todo um modus vivendi.

Essa tem história

Em 1942, Petrolândia é contemplada, através do decreto lei nº 4.505, com a criação do Núcleo Colonial Agro-Industrial São Francisco, dentro do processo de instalação de colônias agrícolas nos diversos estados do país programado pelo governo Vargas. Este seria o primeiro assentamento realizado pelo Estado, em um perímetro irrigado, destinado à colonização de agricultores sem terra no Vale do Submédio São Francisco.

O Núcleo, a princípio, era formado por 100 lotes irrigados, de quatro hectares, contendo uma casa para abrigar a família de um trabalhador e outra para colono, que recebia semente, mudas e aves, além de assistência técnica e infraestrutura capaz de absorver a produção. O colono se obrigava a pagar o lote em 13 anos, com três de carência.

Compondo esse Núcleo funcionava fábrica de laticínios, charqueada, aviário com capacidade de criação de 400 mil aves, cujos os ovos eram comercializados nos grandes centros, fábrica de salsicha e linguiça, Usina beneficiadora de arroz e milho, Fabrica de doces e extrato de tomate, oficina mecânica, marcenaria, um Hospital Regional, clube social e escola, entre outros.

Esse projeto serviu também como piloto para as ações de reorganização do ensino rural do Brasil, visando o incremento na produção agrícola, estimulada pela Comissão Brasileiro-Americana de Produção de Gêneros Alimentícios, em convênio firmado durante o ministério de Apolônio Sales na pasta da agricultura do governo de Getúlio Vargas.

Em paralelo, em 1945, é autorizada a criação da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco (CHESF), abrindo crédito para a organização da companhia e lhe outorgando concessão para aproveitamento da energia hidráulica do rio São Francisco, no trecho compreendido entre Juazeiro (BA) e Piranhas (AL).

Foi nesse contexto que a Igreja do Sagrado Coração de Jesus começou a ser construída. Projetada para um futuro de desenvolvimento, assim como foi no passado  com a Estrada de Ferro, o prédio assume contornos de Catedral e logo um pequeno centro comercial de forma em seu entorno.

Ocorre que, após o fim da era Vargas, a administração do Núcleo entra em crise por falta de continuidade dos programas ,em virtude das mudanças de governo e consequentes mudanças do órgão gestor responsável. Iniciada sob o comando da Comissão do Vale, a administração é transferida para a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUVALE, depois SUDENE e por fim CODEVASF.

 Obviamente essa descontinuidade também se refletiu na construção da igreja. Cessam os recursos públicos. As esposas dos colonos, principalmente, passam a promover ações de arrecadação de recursos a fim de tocar a obra. Rifas, festas e leilões são organizados a fim de arrecadar recursos. Desta forma conseguiram que o interior do templo ficasse em condições de realizar celebrações e o povo não precisasse mais se deslocar para a cidade a fim de realizar casamentos, batizados e outras atividades religiosas.

Mas o templo era grande, um projeto nada modesto. Sem a ajuda de recursos públicos, como no início, as obras se arrastaram lentamente até que, em 1970, a administração do Núcleo é avisada que nenhuma obra poderia ser continuada, em virtude da construção da Barragem de Itaparica. Foi como o anúncio de uma catástrofe.

Até 1970 as usinas hidrelétricas (UHES) Paulo Afonso I e II já estavam concluídas. De acordo com o estudo de aproveitamento do rio, além de Paulo Afonso ser um ponto estratégico devido à presença de quedas naturais de água, era preciso construir um reservatório acima (a montante) a fim de viabilizar ainda mais os setores produtivos ligados à industrialização. Foi então que rapidamente foi executado o projeto da barragem de Sobradinho que desalojou cerca de 70 mil pessoas com indenizações irrisórias através de um desastroso reassentamento mal planejado e sem a participação da população. Ciente das consequências sofridas pelo povo de Sobradinho, a população do submédio São Francisco começa a organizar-se na busca por seus direitos à terra. Disto, então, resultou a pressa da CHESF em construir Itaparica – coincidindo com o período do “milagre econômico”.

Os sindicatos foram trincheiras erguidas ou reerguidas para os primeiros momentos de organização. Garantir esses espaços de representação e institucionalidade era, a antes de tudo, garantir a existência das condições de luta. Não podemos perder de vista que estávamos sob os auspícios do AI-5 e que a ditadura, apesar de estar tendo problemas com o crash do “milagre”, permanecia todo-poderosa em termos repressivos.

A tarefa de fazer reuniões e construir sindicatos não correu como água. Além das homilias dos padres do lado da Bahia, a religiosa Josefina, sediada em Petrolândia, lançou mão de táticas ligadas ao cotidiano para abrir diálogos com o povo. Segundo ela mesma, uma das maneiras de se reunir fora dos sindicatos, pois esses eram vigiados e proibidos de fazer reuniões, era usar de certas manifestações religiosas.

A luta política e o verbo organizar misturavam-se às manifestações de fé que eram parte importante daquela cultura. As posições de Josefina com certo apoio da CPT e da Regional Nordeste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) davam autoridade para esses sujeitos se manterem em contado com sua pratica religiosa.

“A manifestação de fé que eu aproveitei muito delas mesmo era as novenas tinha novena em tudo que é comunidade… tinha um santo tinha novena em todas as comunidades e eu participava de todas porque não havia como ou o sindicato convidava as pessoas num momento em que o sindicato ainda não assumia não tinha mudado a diretoria o sindicato não assumia eles então ia comigo e ficava dentro do carro com medo” ( Josefina)

 Para Josefina, as novenas eram a princípio um lugar para pregar o Evangelho, mas com o passar do tempo as pessoas já associavam sua novena às questões políticas e organizativas.

Neste contexto, aqui temos um símbolo. As ruínas da Igreja simbolizam a resistência da memória de um município desterritorializado e reterritorializado, para além da destruição dos laços humanos ali tecidos, sendo a única construção remanescente do período.

Junto à igreja, sob aquele espelho d´água, há também, memórias de infância, de trabalho, reuniões , debates, embates e de outros modos de ser. Há, afogadas ali, salas onde se ouviram histórias, cozinhas que ajuntaram famílias. Sob aquele lago, marcado pela presença da Igreja do Sagrado Coração de Jesus onde foram batizadas gerações, jazem lugares de primeiros beijos, intrigas, começos e fins de amores. A presença dela em meio ao lago do reservatório sinaliza um lugar que foi destruído e que às pessoas que ali habitavam foi imposta a necessidade de refazer todo um modus vivendi, como antes vinculado ao rio, mas hoje relacionado às marcas deixadas em todos os atingidos por barragens mundo à fora.

Por isso é que, além da beleza da paisagem rara, tão importante para o desenvolvimento turístico de Pernambuco e do Brasil, chegando a figurar na internet entre as nove magníficas cidades submersas do mundo https://www.viajali.com.br/cidades-submersas-no-mundo/, o conjunto da paisagem que tem a Igreja como principal referência, perfeitamente enquadra-se na definição adotada pela UNESCO no que se refere à paisagem cultural “ilustrativas da evolução da sociedade e dos assentamentos humanos ao longo do tempo, sob a influência de condicionantes e/ou oportunidades físicas apresentadas pelo seu ambiente natural, e de sucessivas forças sociais, econômicas e culturais, tanto externas quanto internas”. . . As ruínas da Igreja resistindo ao afogamento é memória de um modo de vida, história de luta, fé e resistência de um povo e diz muito sobre a história de desenvolvimento do Nordeste.

Assim, através do processo administrativo Secult nº 015/2020,de 11.01.2021, “em razão de sua importância histórica e simbólica”, a Fudarpe deferiu a proposta de tombamento apresentado pelo  do IGH de Petrolândia. Hoje a Igreja do sagrado Coração de Jesus encontra-se sob mesmo regime de preservação dos bens tombados de acordo com a legislação estadual, Lei nº 7.970/1979 e Decreto nº 6.239/1980.

Pesquisa:

Paula Rubens e Milena Gomes ( IGH – Petrolãndia )  

João Vitor ( MOVIMENTO RIO DE LUTAS – Paulo Afonso – BA)

Nas ondas do rádio em Petrolândia

Breve histórico sobre a estreia de emissora de rádio em Petrolândia., ilustrado em foto gentilmente cedida por Osmar Salles de Oliveira.

A radiodifusão chegou ao Brasil em 1922 e tinha como objetivo inicial divulgar eventos educativos e culturais. Popularizou-se na década de 40,“época de ouro do rádio”, a partir da radionovela e de uma programação recheada de música com programas ao vivo. No radiojornalismo surgiu o Repórter Esso, com notícias do Brasil e do mundo,  patrocinado pela companhia norte americana de combustíveis, que lhe emprestou o nome.

Com nome oficial de Rádio Educadora, no início dos anos 60, Petrolândia ganha sua primeira rádio. Instalada no antigo prédio das Escolas Reunidas 10 de Novembro, ficou popularmente conhecida como “Rádio de Montenegro”.

Antônio Montenegro, natural do Recife, veio a Petrolândia de passagem, em comitiva de políticos pernambucanos na campanha eleitoral de João Goulart. Acabou se encantando com uma moça da cidade, que mais tarde viria a ser sua esposa, o que o fez mudar-se de vez  da capital para o interior. De família tradicional e cheio de  amigos influentes na capital,  Montenegro conseguiu concessão e instalou a rádio onde ele e sua esposa, Maria Emília, atuavam conjuntamente na condução da  programação.

Mantida apenas com a receita proveniente de anúncios pagos pelo minguado comércio local, oferecimento de músicas encomendadas por moças e rapazes apaixonados e um programa dominical de auditório no Grêmio Lítero Recreativo, a rádio não conseguiu se manter em atividade por muito tempo. Em menos de um ano saiu do ar. Apesar disso, marcou época e serviu de estímulo a outras tantas experiências radiofônicas da cidade.

A Rádio Progresso é um exemplo disso. Montada , por volta de 1967,  pelo tabelião Silvio Rodrigues, cujo cartório funcionava no mesmo prédio da antiga Radio Educadora,  a rádio  surgiu  a partir de um transistor de fabricação caseira construído pelo inventivo mecânico Doda. De curto alcance, o sinal cobria apenas a área urbana.  A rádio funcionava no centro da cidade,  num beco por trás da venda do Sr. Pedro Soares,  numa sala minúscula onde mal cabiam duas pessoas.

Tinha como encarregado  o estudante Gilberto Alcântara (Betão), responsável pela programação que fazia chegar em Petrolândia os sucessos da Jovem Guarda, numa época em que a cidade ainda nem sonhava com sinal de TV. Como voluntários, revessavam-se ao microfone os amigos Marcos de Toinha Bozó (conhecido como o Tremendão, pois usava figurino inspirado em Erasmo Carlos), Renato de João de Boa, Claudio Costa e outros jovens estudantes que se divertiam levando ao ar programas de música popular, reclames, oferecimento de música e brincadeiras do tipo “Qual é a música?”.

Era um maravilhoso entretenimento para a povo de Petrolândia nos monótonos dias sem novidades,  tão comum nas pequenas cidades interioranas.

Pesquisa : Paula Rubens

Ginásio Municipal de Petrolândia

Relatos sobre o Ginásio Municipal de Petrolândia extraídos do livro “De Jatobá a Petrolânida – Três nomes, uma cidade, um povo” de Gilberto de Menezes.

Relatos de Gilberto de Menezes

Do livro De Jatobá a Petrolândia: três nomes, uma cidade, um povo (2014) de Gilberto de Menezes, às páginas 143 , 145 e 151, extraímos o seguinte relato acerca do Ginásio Municipal de Petrolândia.

O prefeito Amaro José da Silva resolveu dotar o município de um curso ginasial onde os que haviam concluído o curso primário pudessem continuar os estudos, deparando-se de imediato com três problemas: falta de prédio capaz de abrigar o curso atendendo às exigências do MEC foi o primeiro; e, segundo lugar a falta de recursos da Prefeitura para assumir ps gastos e em último lugar a falta de professores habilitados. Mas nada é impossível quando há boa vontade. Logo surgiram as soluções:

a) enquanto não fosse possível a construção de um prédio próprio seriam ocupadas as salas inativas do Grupo Escolar Delmiro Gouveia, que ele mesmo havia inaugurado, nos turnos vespertino e noturno;

b) os alunos pagariam uma mensalidade, devendo a Prefeitura conceder bolsas de estudo aos alunos que não tivessem condições de fazê-los;

c) seriam contratadas as professoras do Grupo Escolar Delmiro Gouveia para as matérias em que se julgassem habilitadas. Para as matérias restantes seriam convidados profissionais liberais, funcionários públicos etc. que fossem capazes de ministrá-las.

Para dirigir o recém-criado estabelecimento o prefeito convidou o Padre Pedro Gabriel de Vasconcelos, Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde, que aceitou o cargo mas chamou a atenção para sua inexperiência em organização e administração de estabelecimentos escolares. Tudo, porém foi resolvido com a atuação decidida do Dr. JOSÉ MEDEIROS DE SOUZA, administrador do Núcleo da Barreira que aceitou o cargo de Inspetor de Ensino e pôs à disposição do ginásio Maria Otília Netta Costa, então Orientadora Educacional da Comissão do Vale do São Francisco que cursava Filosofia na Universidade Federal de Pernambuco.”

Em 1964,  José Araújo da Silva toma posse como prefeito e dá continuidade à construção do prédio do ginásio, ampliando suas instalações. Criou o Colégio Comercial São Francisco e o Colégio Normal Municipal de Petrolândia que passam a funcionar no mesmo prédio, depois de terem utilizado as instalações do antigo escritório do DNOCS  (Curso de Contabilidade) por breve período.

Em 1977, assume a prefeitura José Dantas de Lima e implanta  a gratuidade do ensino municipal. Em 03/06/1982, ainda em sua gestão, pela portaria 42/56, transfere ao Estado o Ginásio e os demais Colégios  com o nome de Escola de Jatobá – Ensino de 1º e 2º Graus.

Registro de fundação

Seguem abaixo fotografias do registro de fundação do ginásio:

Pesquisa: Paula Rubens

Disputa entre índios e posseiros nas terras de Jatobá

A reparação de uma grande injustiça: artigo escrito por Hildebrando Gomes de Menezes, publicado no Jornal do Comercio de 14/03/1951.

Resgatamos artigo de Hildebrando Gomes de Menezes, publicado no Jornal do Commercio em 14/03/1951, a fim de levar a seu público o conhecimento acerca do debate travado à época sobre as tratativas do enfrentamento entre índios e posseiros nas terras de Jatobá.

Pesquisa: Paula Rubens

Documentos do Cartório de Registro Civil de Petrolândia (1889-2003)

Em continuidade à divulgação dos Registros da Paróquia Nossa Senhora de Tacaratu (1845-1961) realizada neste blog, este IGHP traz agora outro catálogo também localizado no site FamilySearch.org referente aos Registros civis de Petrolândia entre os anos 1889 e 2003.

Diferentemente do catálogo de registros da Paróquia, este outro não teve origem em coleções de registros originadas de documentos da Igreja Católica, mas sim de informações civis cartoriais. Neste catálogo temos, portanto, registros de nascimentos, casamentos e mortes da cidade de Petrolânida, antiga Itaparica e Jatobá.

Conforme figura abaixo extraída de tela do site FamilySarch, que apresenta informações sobre o referido catálogo, temos que o Cartório de Registro Civil de Pernambuco está classificado como o repositório de originais e principal autor deste catálogo, tendo sua publicação realizada pela FamilySearch entre os anos 1990 e 2003, em língua portuguesa e formato Manuscrito em Filme (3 rolos de microfilme 16 mm).

Figura extraída de navegação no site FamilySearch

A coleção dispõe de registros coletados a partir 1889: nascimentos até 1933 ( faltando dados entre 1927 e 1928), casamentos até 1952 e óbitos até 2003. A figura abaixo é um recorte ampliado da mesma tela de onde foi extraída a figura acima, onde são apresentados a forma como os itens desta coleção estão organizados. O ícone de uma câmera (em destaque na figura) ao final de cada linha de item da coleção na coluna intitulada “Formato” só se mostra disponível após realização de login em uma conta de usuário do FamilySearch (a criação de uma conta no FamilySearch é requisito para a realização de buscas gratuitas no site, a qual pode ser realizado aqui).

Recorte ampliado de tela extraída de navegação no site FamilySearch com informações sobre os microfilmes do catálogo de registros civis de Petrolândia (1889-2003)

Algumas dicas sobre a navegação pelas imagens do catálogo podem ser visualizadas aqui, mas seguem abaixo algumas imagens extraídas do catálogo de registros civis de Petrolândia para fins de demonstração da alta qualidade do material produzido pelo site FamilySearch.

  • Rotulação de microfilme de Petrolândia
  • Capa de Livro de Registro de Nascimento
  • Certidão de Nascimento na Vila de Jatobá

O IGHP mais uma vez se alegra em poder apresentar mais este riquíssimo conteúdo ao seu público com os mais sinceros desejos de que esta postagem seja apenas mais uma ponte para alavancar o trabalho de pesquisas sérias em prol da divulgação da história de nosso povo.

Bandeira de Petrolândia

Durante o primeiro mandato do Prefeito José Dantas de Lima (1977- 1982), o colégio Municipal São Francisco , que ministrava o curso de contabilidade, sob a direção de Maria do Socorro Nunes de Souza ( Maria de Santo) organizou um concurso aberto a todos os alunos da rede municipal, inclusive os do Núcleo Colonial de Barreiras, com o objetivo de elaborar um escudo representativo , visando a criação da Bandeira do Município.

Contando com o apoio da Prefeitura, que se comprometeu a premiar o vencedor, o projeto tinha como critério a obrigatoriedade de fazer constar no seu desenho características específicas do nordeste e do município e trazer em destaque o rio São Francisco, tão importante para a região.

Alunos de todas as idades se inscreveram. Sob a orientação da professora Maria Leonor Lima e Sá os desenhos foram elaborados, na escola, todos ao mesmo tempo, e em seguida apresentados a uma banca examinadora formada por professores do Colégio.

Ao final, apresentando a mesma paisagem em dois formatos ,Esta imagem possuí um atributo alt vazio; O nome do arquivo é projeto-2.jpgEsta imagem possuí um atributo alt vazio; O nome do arquivo é projeto-1.jpg

o aluno do curso de contabilidade , ARNALDO JOSÉ DE SOUZA,                            , hoje respeitado contador, venceu o concurso.

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Como prêmio ganhou a dispensa de pagamento de uma anuidade do curso técnico em Contabilidade, que frequentava no Colégio São Francisco.

Passando a ser utilizado como brasão presente na bandeira e documentos oficiais, o projeto vencedor foi reelaborado a fim de se adequar à legislação em vigor. Ganhou as cores da bandeira Nacional; o sol e o mandacaru, respectivamente símbolo do clima causticante do sertão e da flora nordestina foram mantidos; e o rio São Francisco foi complementado por seus afluentes Moxotó e Mandantes, marcos fronteiriços do município na época.Ao topo do escudo, o leão, símbolo da bravura do povo pernambucano, a representar a proteção do Estado.

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Trazendo as cores azul e branco da bandeira de Pernambuco , a primeira bandeira confeccionado para o município teve o brasão pintado à mão pela jovem petrolandense, Leone Cruz.

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Apesar de ter passado logo a ser utilizado, somente em 17.08 2016 a obrigatoriedade do uso do brasão é oficializado, após a provação pela Câmara do projeto de Lei 145/2016, apresentado pelo então vereador Carlos Alberto Araújo Correia.

Pesquisa: Paula Rubens

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