Sobre o autor

SILVA, Jacionira
OTA.03
Possui graduação em Licenciatura Plena Em História pela Universidade Federal do Piauí (1968), Curso de Especialização em Antropologia Pré-histórica pela UFPI (1978), Mestrado (1983) e Doutorado (2003) no Curso de História, com concentração na área de Arqueologia, pela Universidade Federal de Pernambuco, além de Pós-Doutorado em Arqueologia (2004-2005), como bolsista do CNPq. Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia Pré-Histórica, atuando principalmente nos seguintes temas: vestígios arqueológicos, artefatos líticos, material cerâmico e grafismos rupestres . Tem experiência ainda em Arqueologia Histórica e seus vestígios, sobretudo os do período de contato, bem como em antropologia física/arqueologia mortuária e arqueo-etnologia, com viés nas comunidades tradicionais. (Certificado pelo autor em 19/04/2019 na plataforma Lattes)
Sobre o trabalho
Tipo
Tese (Doutorado em História)
AUTOR
REFERÊNCIA
SILVA, J. C. Arqueologia no médio São Francisco: indígenas, vaqueiros e missionários. 2003. 460 f. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Recife, PE.
RESUMO
O Médio São Francisco, sobretudo a área de Itaparica, foi ocupado por populações pré-históricas, cujos vestígios foram consignados por estudiosos como pertencentes a uma tradição de artefatos líticos, denominada Itaparica, sem uma prévia caracterização sob os aspectos técnico e geográfico. Como representações portadoras de significado particular sobre seus autores, os artefatos de pedra foram integrados ao contexto cultural, relacionados com o tipo de sítio, localização e função, e os demais vestígios arqueológicos. A análise dos instrumentos de pedra fundamentou-se nas morfo-técnicas estruturadoras desses vestígios, com o objetivo de se identificar os momentos marcantes ocorridos no corpus técnico, identificador de grupos culturais. As modificações identificadas nos procedimentos técnicos, decorreram de momentos de maior impacto durante o processo de ocupação da área, como o início da ocupação, com relação ao meio, as transformações culturais registradas nas estruturas arqueológicas, mediante a introdução de novas tecnologias e práticas sociais, como os rituais funerários e, por último, o contato com o europeu, que modificou as relações sociais entre os nativos, reflexo de suas instituições normatizadoras. As modificações culturais das sociedades autóctones, que se deram no espaço préhistórico de Itaparica, uniformizadas pela persuasão das armas da Casa da Torre ou da catequese, sob a ação de entradistas, vaqueiros e missionários, resultaram no amálgama cultural, que no sertão tomou uma feição própria, e na implantação dos primeiros núcleos urbanos no Nordeste. Essas transformações pelas quais, nativos e colonizadores sintetizaram a sociedade em formação, foi derruindo a nativa, enquanto provocavam alterações nos costumes dos colonizadores. O processo de colonização implantado, destribalizando nações inteiras, não conseguiu, contudo, ocultar totalmente os indígenas de Itaparica, onde ainda subsistem. Os fortes traços culturais desses povos, já os diferençava na pré-história dos demais grupos estabelecidos no entorno dessa área.
PALAVRAS-CHAVE
1. Instrumentos Líticos 2. Cerâmica 3. Material Ósseo 4. Contexto 5. Modificações Culturais 6. Entradistas 7. Vaqueiros 8. Missionários 9. Missões 10. Núcleos Urbanos 11. Indígenas 12. Perfil Técnico 13. Vale Sanfranciscano