OTA.02 – Os índios nos vales do Pajeú e São Francisco: historiografia, legislação, política indigenista e os povos indígenas no Sertão de Pernambuco (1801-1845)

Sobre o autor

SANTOS JÚNIOR, Carlos

OTA.02

Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e professor em História da Secretaria de Educação de Pernambuco (Seduc-PE). Atuo na formação de professores sobre o ensino da temática indígena na sala de aula. Também tenho conhecimento da Técnica de Transcrição Paleográfica. 
Pesquiso sobre a história dos povos indígenas no Brasil, com ênfase na história das populações indígenas no Nordeste entre os séculos XVIII e XIX, em especial aquelas que viveram no Sertão do Rio São Francisco e nos sertões adjacentes (BA, CE, PB, RN, e AL). Minhas pesquisas mais amplas estão voltadas para os estudos sobre a História da América Latina e do Brasil, com foco na história do Brasil nos períodos colonial e imperial. 
Minhas pesquisas objetivam a compreensão das relações Interétnicas entre os povos indígenas e colonizador/sociedade/Estado, o cotidiano das sociedades colonial e imperial, e os múltiplos aspectos da vida social dos séculos XVI ao XIX. Meu intuito é ampliar o conhecimento, já existente, sobre estes períodos que permita construir o censo crítico sobre a nossa sociedade: analisando os seus valores morais, costumes, preconceitos e as fronteiras socioculturais presentes na formação histórica e cultural do povo brasileiro.

(Última atualização em 14/11/2020 na plataforma Lattes)

Sobre o trabalho

Tipo

Dissertação (Mestrado em História)

REFERÊNCIA

SANTOS JÚNIOR, C. F. dos Os índios nos vales do Pajeú e São Francisco: historiografia, legislação, política indigenista e os povos indígenas no Sertão de Pernambuco (1801-1845). 2015. 228 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco, CFCH. Programa de Pós-Graduação em História, Recife, PE.

RESUMO

Na primeira metade do século XIX, as populações indígenas na Região do Submédio São Francisco – nas ribeiras do Moxotó e Pajeú e nas vilas Assunção e Santa Maria – vivenciaram processos históricos relacionados à implantação de núcleos urbanos no Sertão nordestino, expansão e desenvolvimento da pecuária, as secas periódicas na Região, o aprofundamento da política fundiária, e as políticas indigenistas. Os eventos citados produziram mudanças na relação que as populações indígenas no Sertão tinham com os seus territórios. Também houve a continuidade do Diretório Pombalino aplicado aos índios. Para os grupos indígenas nos rios Moxotó e Pajeú, o Diretório foi utilizado para a pacificação e aldeamento daqueles grupos acusados de atacarem as fazendas de gado. Houve a reintrodução dos missionários italianos para a catequese dos índios, sobre o agenciamento do Governo da Província de Pernambuco. Para os índios nas vilas de Assunção e Santa Maria, o Diretório além de garantir a liberdade, reconheceu o direito de propriedade das terras daquelas vilas aos seus legítimos donos, os índios das referidas vilas. Os índios no Moxotó, Pajeú e nas ilhas do Rio São Francisco tiveram as suas terras esbulhadas por posseiros invasores, fazendeiros, autoridades civis e militares, e os vereadores das câmaras municipais. Diante deste contexto de usurpação, os índios elaboraram estratégias de resistência para reivindicar os direitos sobre as suas terras, fazendo uso dos seus “acervos de experiências” históricas coletivas. Colocando limites aos esbulhos das terras indígenas e, ao mesmo tempo, permaneceram nessas terras consideradas parte de seus territórios, contra todas as expectativas de desaparecimento das autoridades da Província de Pernambuco.

PALAVRAS-CHAVE

1. Índios no Sertão 2. Rio São Francisco 3. Acervos de Experiências.

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