BIB.03 – De Jatobá a Petrolândia: três nomes, uma cidade, um povo

Sobre a obra

São Paulo (SP), 2014

BIB.03

GÊNERO

Narrativo.

REFERÊNCIA

MENEZES, Gilberto. De Jatobá a Petrolândia: três nomes, uma cidade, um povo. 2014. 209 p. São Paulo-SP.

NOTA: O livro pode ser adquirido na loja PerSe no seguinte endereço: http://perse.com.br/livro.aspx?filesFolder=N1409680027503.

RESENHA

Ao ser incumbido de fazer o prefácio do magnífico trabalho do prof. Gilberto de Menezes, me senti, não só honrado, mas com uma sensação de reverência por estar representando uma obra de tamanha envergadura. O autor de “DE JATOBÁ À PETROLÂNDIA- Três nomes, uma cidade, um povo ” foi meu professor de História Geral, Francês e Técnica de Contabilidade. Considero-me, portanto, ao fazer esta introdução, como um vassalo, um arauto, que vai adiante do seu mestre para anuncia-lo. O professor Gilberto, com seu jeito aparentemente tímido, falando pouco e em voz baixa, revela-se um profundo observador dos fatos ocorridos em Petrolândia e seus arredores, fatos que, com certeza, passaram despercebidos à maioria dos moradores da região, sendo ele detentor de conhecimentos que nos enriquecem, com valor de relíquia inestimável. Com este belo trabalho ele demonstra ser não apenas um professor de História, não apenas o Contador das empresas comerciais de Petrolândia, mas um historiador, um escritor, talvez nunca antes reconhecido. Com clareza, com comprovação documental, citando publicações dos veículos de comunicação da época, leis e decretos, o nosso querido professor descreve o surgimento e o desenvolvimento, altos e baixos, acontecimentos sociais, políticos e culturais da cidade e do povo petrolandense. Começando por Tacaratu, vai alinhavando os detalhes históricos que deram origem a Jatobá, Itaparica e depois Petrolândia, citando a visita do imperador Pedro II a essa região, e os benefícios advindos da estrada de ferro e do cais. É digna de nota a referência sobre a dimensão das ruas (na velha Petrolândia), largas, obedecendo a um projeto que, na linguagem do professor, “devia fazer corar de vergonha os engenheiros da CHESF que planejaram cidades com ruas de quatro e seis metros de largura para substituírem as que foram inundadas pelas águas de suas barragens”. Para quem esqueceu, ou deseja relembrar, reavivando a memória, o autor cita, minuciosamente, estabelecimentos como: lojas de grande porte, bodegas, padarias, discotecas, escolas, bares e barbearias, citando os nomes de seus respectivos donos. É uma riqueza de detalhes que faz com que qualquer filho de Petrolândia se emocione viajando no tempo para se encontrar em locais que lhe eram tão familiares. Retrata com imparcialidade o ataque de Lampião a Petrolândia (na época Jatobá), descrevendo os momentos de angústia e tensão pelo sequestro do Cel. Aureliano de Menezes (o pai Lero), cuja vida foi salva pela corajosa intervenção de sua neta. Outro tema extensivamente abordado é o da educação, quando relembra, ainda na então Itaparica, a Semana Ruralista, promovida pela Companhia Agrícola e Pastoril do S. Francisco em julho de 1935, com notáveis resultados na educação das crianças, e o seu retrocesso com o surgimento do Estado Novo em 1937. Enfatiza a criação dos estabelecimentos de ensino, e a dedicação dos professores da época; o importantíssimo papel do jornalista Hildebrando Gomes de Menezes, seu pai, no progresso cultural, social e político de Jatobá e Petrolândia. Concluindo, para não tomar aqui demasiado espaço, a obra do professor Gilberto Menezes é um verdadeiro glossário onde encontramos todas as informações sobre a origem, fases e desenvolvimento de nossa amada cidade. Nenhum filho dessa terra, naturalizado, ou amigo, deve deixar de ler este valioso documento histórico. Parabéns, professor Gilberto, pelo seu excelente trabalho!

NOTA: Íntegra do prefácio da obra de José Isidio da Silva.

Sobre o autor

MENEZES, Gilberto

Gilberto de Menezes nasceu em 11 de janeiro de 1929 na Vila de Pedra (hoje Delmiro Gouveia), Estado de Alagoas, filho de Hildebrando Gomes Menezes e Ernestina Geracina de Menezes, filha do Coronel Aureliano Menezes. Mudou-se para Pernambuco com aproximadamente 6 anos de idade. É graduado como Contador pela Escola Técnica de Comércio de Alagoas em 1947; foi representante da Sociedade Internacional dos Estudantes, em Alagoas, onde se correspondia com estudantes do mundo todo, em especial estudantes da França, língua de seu domínio. Fez Serviço Social pela Escola de Serviço Social de Pernambuco em 1957 como bolsista do SESI. Em 1957 casou-se, em Recife, com Cleonice Vasconcelos então funcionária da Rádio Clube de Pernambuco. Formou-se Bacharel em Direito pelos Institutos Paraibanos de Educação – Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais em João Pessoa no ano de 1977; Professor de História, Latim, Português, Matemática, Francês, Contabilidade, OSPB e Direito Comercial, atuou no Ginásio Municipal de Petrolândia, hoje Escola de Jatobá (onde também foi Diretor por diversas vezes), Colégio Comercial São Francisco e Colégio Normal Municipal de Petrolândia. Foi contador, o primeiro de Petrolândia, e, por sua atuação, recebeu o prêmio Caduceu do Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco em 2006. Trabalhou como Assistente Social no Juizado de Menores em Recife (PE) e no Serviço Social Contra o Mocambo, onde exerceu o cargo de Diretor de um dos Centros Educativos. Foi Diretor de Núcleo do Serviço Social do SESI e responsável pela Colônia de Férias do SESC em Garanhuns, onde lançou jornal CESECOLÔNIA, de publicação mensal. Neto do Coronel Aureliano de Menezes, um dos primeiros habitantes do lugar, e filho de Hildebrando de Menezes, jornalista, proprietário do Correio do Sertão, ex-prefeito de Jatobá e ex-deputado, ele não só pesquisou, mas também acompanhou de perto a história de Petrolândia.

NOTA: Texto editado pelo IGHP com base nas duas páginas finais da obra que fazem uma pequena biografia do autor. Faleceu em 12/08/2021 em Maceió.
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